Renamo ameaça paralisar Moçambique caso um membro do partido seja morto

O presidente da Renamo, Ossufo Momade, ameaça que vai paralisar o país, caso um membro do seu partido seja morto.

 A ameaça surge pouco depois de uma denúncia do presidente do Conselho Municipal da Cidade de Nampula, Paulo Vahanle, que acusou um membro da Unidade de Protecção de Altas Individualidades de o tentar eliminar, durante um evento público, alegação desmentida pela polícia, que explicou que o agente em causa estava em missão de serviço.

A imprensa cita Momade a afirmar que “se um dos elementos da Renamo for assassinado, nós vamos fazer parar este país. Temos essa força”.

O líder do principal partido da oposição em Moçambique acusa a Frelimo de estar envolvida na alegada tentativa de homicídio, queixando-se de ter sofrido o atentado similar há alguns anos.

“Este é um projecto do partido Frelimo. A Frelimo quer tentar aniquilar alguns membros da Renamo. Eu vou deixar um apelo para o chefe de Estado, que é preciso corrigir estas situações’’ disse, sugerindo que ‘’a paz está ameaçada’’ no pais.

Vahanle admitiu que a alegada tentativa de homicídio ocorreu na terça-feira passada, no âmbito das celebrações do 67.º aniversário daquela autarquia.

‘’Eu, estando na tribuna, recebi informações de movimentos estranhos, de um indivíduo que depois foi capturado e surpreendido com uma arma de fogo do tipo pistola com 15 munições’’, de acordo com Vahanle.

O autarca explicou que a arma em causa, apresentada durante a conferência de imprensa, pertencia à Unidade de Protecção de Altas Individualidades da Polícia da República de Moçambique (PRM).

O porta-voz da Polícia da República de Moçambique na província de Nampula afirmou à Lusa que se tratou de um mal-entendido, avançando, todavia, que o referido membro da corporação estava em missão de serviço.

‘’Isso não passou de um mal-entendido. O agente estava devidamente instalado e é preciso referir que uma das formas ou estratégias que a polícia tem para garantir a ordem e tranquilidade é colocar agentes à paisana para interceptar qualquer ameaça.

Imbondeiro News