Sançoes norte-americanas à Rússia aceleram declínio do dólar como moeda de reserva

O dólar norte-americano tem estado a somar perdas como moeda de reserva e de transacções internacionais, nas últimas décadas, mesmo que Washington tente reverter o cenário, já que muitos países estão a optar por usar suas próprias moedas, no comércio mundial.

Jack Rasmus, professor de Economia no Colégio norte-americano St Mary, em Califórnia. afirmou à agência noticiosa Sputnik que o que está por detrás da acentuada queda do dólar, são as politicas agressivas da administração Biden, ilustrando o caso das sanções impostas à Rússia.

Na mesma senda, o Presidente queniano, William Ruto, declarou há dias que não fazia sentido para as nações africanas continuarem a usar o dólar como moeda no comércio bilateral, desafiando, em diante, ao continente para “não envolver a moeda norte-americana em actividades de negócio local.

Rasmus voltou à carga, dizendo ser interessante notar a forma como a moeda do País do Tio Samuel está a “sangrar” e a perder a sua hegemonia, no mundo.

Apontou haver um grande movimento nesta mesma direcção que, segundo o académico, ainda se vai multiplicar, especialmente em África, um continente que está a libertar-se do império global do capitalismo.

Mostrou como prova disso haver um crescente número de países que pede a sua adesão ao grupo BRICS, que integra Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Disse prever que mais países começarão a usar alternativas de pagamentos internacionais, devido à hegemonia do sistema SWIFT, dominado pelos Estados Unidos e que favorece apenas à Washington e seus aliados do Ocidente.

O predomínio do dólar tende a baixar de forma acentuada, sendo de 85 por cento das reservas de moedas nacionais em todo o mundo, isto nos anos de 1870, para 58 por cento, neste preciso momento.

No tete-a-tete com Sputnik, Rasmus preferiu concluir indicando que “o comboio já partiu’’ e nada existe para Washington poder reverter a queda da sua moeda, uma vez que a linha de força são as sanções que precipitaram o seu declínio.

Imbondeiro News