Sete partidos da oposição sul-africana buscam vias tendentes a ‘destroncar’ ANC nas eleições gerais de 2024

Uma convenção nacional que, em princípio deve terminar hoje, reúne, desde quarta-feira, em Kempton Park, nos arredores de Joanesburgo, sete partidos da oposição sul-africanos, com vista a formular uma alternativa à governação do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder desde 1994.
A agência noticiosa russa Tass, citando a Reuters, escreve que o encontro, considerado como histórico na democracia sul-africana, passará a designar-se por Multi-Party Charter for South Africa (Carta multipartidária para a África do Sul).
Estão presentes nesta convenção a Aliança Democrática (DA), Partido da Liberdade Inkatha (IFP), Freedom Front Plus (FF+), Action South Africa (ASA), Spectrum National Party (SNP), Independent South African National Civic Organization (ISANCO) e United Independent Movement (UIM).
É intenção destas forças politicas encontrarem soluções tendentes a ‘’destronar’’ o Congresso Nacional Africano, nas eleições gerais marcadas para o próximo ano, no país.
John Steenhuisen, líder da DA, principal força politica na oposição, disse que ‘’estes dois dias não são sobre política ou políticos, mas são sobre o povo da África do Sul’’.
Steenhuisen acrescentou que ‘’a nossa missão nesta convenção é encontrar soluções concretas para melhorar a vida do povo sul-africano’’.
Por sua vez, o líder do partido SNP, Christopher Claassen, questionou o futuro do país ‘’se continua a ser governado por um grupo racial’’, referindo-se à coligação governamental entre o ANC, Confederação dos Sindicatos da África do Sul (Cosatu) e o Partido Comunista da África do Sul (SACP).
‘’Julgo que o que realmente queremos colocar na mesa e dizer é que as políticas de uma única raça que os partidos políticos têm não estão a funcionar e nunca vão funcionar, tentamos com o regime do `apartheid` e não funcionou’’, destacou Claassen.
‘’O governo está a tentar fazer isso, não está a funcionar e estamos a dizer aos sul-africanos que a única maneira de governar este país com sucesso é incluir todos os grupos culturais ou grupos raciais’’, frisou.
‘’Não odiamos ao ANC, odiamos o que fizeram ao país’’, declarou o político Velenkosini Hlabisa, líder do IFP, sugerindo, em diante, que ‘’a África do Sul está prestes a tornar-se um Estado falido’’.
O Congresso Nacional Africano tem estado a registar uma relativa redução do seu apoio, devido a crescentes índices de desemprego, desigualdade, criminalidade, corrupção e crise de electricidade.
A imprensa sul-africana avança sondagens que sugerem uma redução abaixo dos 50 por cento do apoio do mais antigo movimento de libertação em África, no escrutínio que se avizinha.
Imbondeiro News
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