Venâncio Mondlane admite voltar a concorrer às presidenciais de 2029 se o partido Anamola decidir

O político moçambicano, Venâncio Mondlane, considera que, um ano depois das eleições em Outubro de 2024, Moçambique está numa “situação calamitosa” e admite voltar a concorrer às presidenciais de 2029 se o seu partido, Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo (Anamola), decidir.

Em entrevista à Lusa, Mondlane afirma que “agora temos um partido que está aprovado, que realizou duas reuniões estatuárias, a reunião da Comissão Executiva e a do Conselho Nacional”, mencionando o lançamento, sem Setembro, do Anamola, partido que fundou e que preside, interinamente, até ao congresso de 20 de Junho de 2026.

Explica que “é esse congresso que tem a responsabilidade de eleger o líder do partido e, depois, definir a estratégia política e eleitoral do partido. Nessa altura, vamos ver o que os membros vão decidir sobre isso”.

Ele considera que “o país esta praticamente falido, à beira de estar falhado. Em matérias de indicadores sociais, são à vista. Educação, saúde, é uma desgraça completa”.

O político acredita que “um ano depois das eleições, Moçambique está a resvalar cada vez mais para o fundo do precipício. Todos os indicadores mostram que realmente o país está em deterioração permanente”.

Diz que “temos advogados voluntários de Portugal, de Angola e moçambicanos que estão a fazer um trabalho belíssimo. Fizeram contestação àquela acusação de crimes contra a segurança do Estado, fizeram também contra esses processos cíveis de indemnizações absurdas, fizeram um trabalho belíssimo. Eu conto que esta equipa possa fazer um trabalho também para casos ”de tentativas de me afastar da candidatura em 2029, usando a lei ou usando de forma manipulada a lei”.

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