Novo modelo de desenvolvimento económico global para países pobres

 Novo modelo de desenvolvimento económico global para países pobres

As ajudas feitas aos chamados países do terceiro mundo, incluindo Moçambique, estão ultimamente a exigir um novo modelo de abordagem, com vista a permitir que estes países também consigam alcançar o seu desenvolvimento económico global.

Fazendo uma avaliação do impacto desses apoios, que se fazem desde os anos de 1960, Sanjay G. Reddy, professor associado no Departamento de Economia da Escola Nova para Investigação Social, nos Estados Unidos, considera ser urgente haver um novo modelo sobre o desenvolvimento económico global dos países em vias de desenvolvimento.

Reddy diz estar de acordo com o diagnóstico feito pelo director executivo da Oxfam Great Britan, Dhananjayan Sriskandarajal, sobre o problema, mas, a dado momento, distancia-se quando ele subestima a seriedade dessas ajudas e cometem erros sobre a sua solução.

Em uma carta publicada, há dias, pelo jornal Financial Times, Reddy faz uma radiografia sobre a partilha das ajudas dos países ricos, em termos de renda nacional que, segundo ele, baixaram significativamente de 0.55 por cento, em 1961, para 0.33 por cento, em 2021.

Este nível é quase o mesmo como o de 1971 e ainda mais abaixo da meta global, de 0.71 por cento da renda nacional, apesar de ser reiterada por décadas.

Ele nota que em termos absolutos, os fluxos de assistências subiram cinco vezes desde 1960 e o produto interno bruto mundial também aumentou quase em cerca de 10 vezes, no mesmo período.

A ajuda feita neste momento aos países subdesenvolvidos, que é de cerca 176 mil milhões de dólares norte-americanos, é menos de duas milésimas de pelo menos 100 triliões do volume da economia mundial.

Insurge-se contra a propalada ideia de que essas “gotículas” de fundos podem ser suficientes para resolver os grandes problemas apoquentando a humanidade. Chama esta visão de uma ilusão, bem como são evasivos os elogios feitos pelos países ricos sobre os seus esforços e declarações dos seus líderes sobre esta mesma problemática.

Contudo, acredita que este problema não apenas precisa de uma urgente revisão, mas como também é momento propicio para equiparar as ajudas como “uma folha de figueira que cai para cobrir verdade nua”, pois que são um esforço severamente limitado para abordar questões preocupando toda a humanidade e reparar injustiças históricas e da actualidade.

Vinca que a situação não passa pelos renovados apelos para uma solução generosa da economia global e que seja capaz de permitir o desenvolvimento dos países pobres, para que não dependam eternamente das nações ricas.

Maputo, ooo jan 2023 (Imbondeiro News)

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