Presidente Ramaphosa repudia posição do Ocidente de ameaçar com sanções quem não alinhar contra a Rússia

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, repudiou de forma categórica à posição assumida pelos países ocidentais de ameaçarem com sanções aos Estados africanos que não se alinharam contra a intervenção militar da Rússia na Ucrânia.
Assinalando o dia da África, que se celebra a 25 de Maio, o chefe de Estado sul-africano, afirmou que “agora também estamos a testemunhar o continente africano a ser arrastado para conflitos muito além das nossas próprias fronteiras”.
Citado pela Lusa, Ramaphosa referiu que “alguns países, inclusive o nosso, estão a ser ameaçados com sanções por seguirem uma política externa independente e adoptarem uma posição de não-alinhamento”.
O estadista sul-africano sublinhou que os países africanos “têm memórias dolorosas de uma época em que as guerras por procuração eram travadas em solo africano por superpotências estrangeiras”.
“Não esquecemos o legado terrível e brutal de primeiro ter o nosso continente dividido e colonizado por países europeus, apenas para nos encontrarmos mais uma vez como peões num tabuleiro de xadrez durante a guerra fria”, vincou.
Ramaphosa disse que “não vamos voltar a esse período da história,” acrescentando que a África do Sul “não foi e não será arrastada para uma disputa entre potências globais”.
De acordo com Ramaphosa, a África do Sul continuará a manter a sua posição de neutralidade sobre a resolução pacífica de conflitos,” onde quer que esses conflitos ocorram”.
“Guiados pelas lições da nossa história, continuaremos a resistir aos apelos para abandonar a nossa política externa independente e não-alinhada,” acrescentou.
Falou também de haver “empresas multinacionais que estão envolvidas em condutas inescrupulosas que prejudicam a saúde humana e poluem o meio ambiente”.
O líder sul-africano lembrou que “em muitas partes do continente africano, as batalhas pelo controle dos recursos naturais da África estão a alimentar terrorismo nesta parte da humanidade. Imbondeiro News
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