Reforço de segurança abre portas ao regresso de população e empresas em Cabo Delgado

 Reforço de segurança abre portas ao regresso de população e empresas em Cabo Delgado

Devido à uma relativa melhoria do clima de segurança, está a registar-se, nos últimos tempos, o regresso dos deslocados e algumas empresas que tinham interrompido as suas actividades, em resultado de incursões levadas a cabo por grupos de terroristas, na província de Cabo Delgado.

Com a intervenção das Forças Armadas e de Segurança e suas congéneres da SADC e Ruanda, está a haver ultimamente um aumento da circulação de pessoas e de veículos para a região norte da província. Entre os viajantes, contam-se deslocados que regressam às origens e comerciantes e empresas, que retomam as suas actividades.

Apesar desta relativa estabilidade, a movimentação ao longo da estrada nacional número 380 é condicionada a escoltas das Forcas de Defesa e Segurança, num troco de 100 quilómetros.

O clima de relativa calma também está a criar condições para que a empresa multinacional Gemrock, que explora rubis no distrito de Ancuabe, retomasse as suas operações, interrompidas em Outubro de 2022.

Colin John Andrews, director de operações da Gemrock, explica que a empresa também vai investir em medidas de segurança.

“Deram-nos Forças de Defesa e Segurança para a segurança na área e nós, como empresa, como também vamos ampliar essa segurança, através de drones, vedação, guarda canina e outros meios electrónicos.”

Essas medidas estendem-se às comunidades circunvizinhas, porque “depois do trabalho, os nossos funcionários voltam para casa. Queremos garantir que, depois de trabalhar, voltem às suas casas em tranquilidade”.

Entretanto, a companhia petrolífera francesa Total Energies promete fazer o melhor no seu plano de acção, com vista a abordar os direitos das populações que residem em áreas próximas do projecto Mozambique LNG.

“Até aqui não está marcada a data para o reinício das suas actividades, embora os parceiros do projecto tenham notado a melhoria da segurança na região.

A Total Energies mantém 26,5 por cento das acções no desenvolvimento do projecto, interrompido em 2021 na sequência de ataques por grupos de terroristas.

O projecto Mozambique LNG esperava inicialmente começar a entrega do seu primeiro carregamento em 2024, com planos de produzir 43 milhões de toneladas anuais de gás.

Os outros accionistas são a estatal moçambicana ENH, japonesa Mitsui e Co, Tailandesa PTTEP e firmas indianas ONGC Videsh, Bhaarat Petroleum e Oil India Ltd.      

Imbondeiro News   

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