Situação angolana pode originar turbulências indesejáveis – diz Samakuva

O antigo Presidente da UNITA, na oposição em Angola, Isaías Samakuva, diz que a situação socioeconómica do pais tem estado a degradar-se numa “velocidade” que considera de “assustadora” e, como solução, defende a tomada de medidas “mais activas e dinâmicas,” sob pena de se viver “turbulências indesejáveis”.
Falando à Lusa, à margem da primeira edição do espaço “Reencontro com a História”, evento promovido pelo “Movimento dos Estudantes Angolanos” (MEA), Samakuva considera “ser interessante, se de um lado a conjuntura internacional em si é difícil, do outro lado a situação económica e social do nosso país tem-se degradado em uma velocidade que é assustadora e estou preocupado com esta situação.”
Para o ex-Presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola, os dirigentes do país “têm noção” da degradante condição socioeconómica dos angolanos, sublinhando que “se vê que estão a tentar fazer alguma coisa”, mas que “não é suficiente.”
Neste contexto, defende a tomada de medidas “mais activas, mais dinâmicas, há que envolver muito mais gente que é para as pessoas sentirem que há esperança do amanhã melhor.”
Adverte, no entanto, que “se continuarmos como estamos, corremos o risco de viver uma fase de descontentamento que leva a turbulências indesejáveis neste momento.”
Samakuva liderou a UNITA, durante 16 anos, após a morte de Jonas Savimbi, ocorrida em 2002. Actualmente, o partido é liderado por Adalberto Costa Júnior.
Entre críticas ao governo, ele diz que a UNITA está preparada para assumir os destinos do país.
Imbondeiro News
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