Campanha do grupo Dudula visando banir crianças estrangeiras nas escolas sul-africanas sob críticas no país

 Campanha do grupo Dudula visando banir crianças estrangeiras nas escolas sul-africanas sob críticas no país

Categoria: Sociedade

O anúncio feito, há dias, pela líder do grupo anti-imigrante sul-africano Operation Dudula, Zandile Dabula, de lançar uma campanha, em finais de Dezembro de 2025 e nas primeiras semanas de 2026, destinada a impedir crianças estrangeiras, incluindo moçambicanas, de se matricularem nas escolas na África do Sul, está sendo alvo de críticas no país vizinho.

O Centro Legal para Igual Educação (EELC, em inglês) diz que a referida campanha viola a constituição, defendendo assim intervenção do tribunal superior sul-africano.

A questão de crianças estrangeiras na África do Sul, sobretudo as imigrantes indocumentadas, tem sido conflituosa, chegando a criar debates, protestos e discussões sobre políticas no sector.

Não só, como também tem alimentado clima de tensão entre comunidades locais e cidadãos estrangeiros, sob pretexto de pressionarem os já escassos recursos.

O grupo Dudula promete que se vai posicionar nas escolas de todo o pais para assegurar que crianças de imigrantes, incluindo moçambicanas, não tenham acesso ao ensino.

“Nenhuma criança estrangeira vai estudar nas escolas públicas”, de acordo com Dabula, sublinhando que “poderão fazê-lo apenas nas escolas privadas, mas nas escolas públicas serão impedidas, porque estas escolas são somente para crianças sul-africanas”.

Ela enfatizou que todos os estrangeiros, pretendendo matricular seus educandos, serão obrigados a apresentarem documentos e o seu estatuto legal no país.

“Serão inspeccionados, minuciosamente inspeccionados, para sabermos como é que eles vieram a este país? Estão documentados?”, questionou.

Em declarações ao portal informativo independente sul-africano IOL News, o EECL criticou a campanha a ser lançado por este movimento por ser ilegal, inconstitucional e prejudicial a crianças.

 A constituição sul-africana defende que todos têm o direito à educação e proíbe discriminação contra qualquer criança, independentemente do seu estatuto legal ou nacionalidade.

Também determina que todo aquele que violar este dispositivo terá uma pena de até 12 meses de prisão.

Imbondeiro News

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