Venâncio Mondlane critica Daniel Chapo por não libertar detidos nas manifestações pós-eleitorais

O líder do recém-criado partido Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo (Anamola), Venâncio Mondlane, acusa o Presidente da República, Daniel Chapo, de não honrar os compromissos alcançados na mesa de diálogo entre as partes, salientando que o Chefe de Estado havia prometido mandar libertar os cidadãos detidos durante as manifestações pós-eleitorais, mas não está a cumprir.

Mondlane diz que ficou acordado com o Presidente Chapo que os detidos seriam libertados, restando apenas definir o mecanismo jurídico, se por via de indulto ou amnistia.

O ex-candidato presidencial aponta que houve também consenso sobre a necessidade de reintegrar os jovens detidos, através de medidas como a criação de um fundo de apoio a pequenas iniciativas juvenis, mas tais compromissos não estão a ser materializados.

O político considera que “é paradoxal que o mesmo Chefe do governo agora apareça em público a dizer que rejeita a proposta de Venâncio, porque não tem base legal para conceder amnistia”, acrescentando que “não acredito que Chapo tenha uma dupla personalidade. Acredito que está a sofrer pressões dentro do seu partido”.

Mondlane garante que “querendo como não”, os mais de 5.000 jovens detidos nas manifestações “hão de sair”.

Afirma que “não podemos admitir, porque roubaram os nossos votos, roubaram as nossas vitórias nas urnas. O povo saiu para a rua e hoje temos mais de 5.000 jovens detidos por reclamar o seu próprio direito”.

Imbondeiro News

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